Recentemente, decidi mudar um pouco os ares do meu PC pessoal. Após um bom tempo utilizando o confiável Linux Mint com ambiente , senti que era hora de experimentar algo diferente. A escolha? Uma migração para o Debian 13 "Trixie", a versão Testing da mãe de tantas distribuições. Optei pelo ambiente de desktop KDE Plasma e, após alguns dias de uso, posso dizer que a experiência tem sido boa.

Por que mudei?

A principal motivação para a troca foi a busca por uma experiência de desktop mais fluída com o Plasma 6. Embora o Cinnamon seja um ambiente excelente e estável, eu estava curioso sobre os avanços do Wayland, o servidor gráfico que promete substituir o antigo X11. O KDE Plasma 6 tem uma das implementações mais maduras do Wayland, e a promessa de animações mais suaves e melhor gerenciamento de janelas me atraiu.

A diferença foi notável no primeiro dia. A fluidez do sistema, a resposta das janelas e o desempenho geral no Debian com KDE superaram minhas expectativas, entregando, até então, que eu procurava.

Debian "Testing": Estabilidade no Ramo "Instável"

Muitos ouvem a palavra "Testing" e imediatamente pensam em um sistema quebrado e cheio de bugs. No entanto, a realidade do Debian Testing é bem diferente. Ele funciona como uma distribuição rolling release, o que significa que recebe atualizações de pacotes de forma contínua, sem a necessidade de reinstalar o sistema a cada grande lançamento.

Apesar do nome, o ramo Testing é surpreendentemente estável para o uso diário. Os pacotes que chegam aqui já passaram por um período no ramo instável (unstable ou Sid) e foram minimamente verificados. Para tarefas do dia a dia, como navegar na internet, trabalhar com imagens e documentos e desenvolver para web, a estabilidade é mais do que suficiente.

Ajustes Essenciais Pós-Instalação

Como toda instalação de um novo sistema, alguns ajustes foram necessários para deixar o Debian do meu jeito. Aqui estão os principais passos que segui:

• Habilitando o sudo: Por padrão, o Debian vem com o superusuário su. Para maior conveniência e segurança, o primeiro passo foi adicionar meu usuário ao grupo sudoers.
• Repositórios non-free: Para garantir o funcionamento de todo o hardware e a disponibilidade de softwares proprietários, como drivers de vídeo e firmwares de Wi-Fi, adicionei os repositórios non-free e non-free-firmware às minhas fontes de software.
• Instalação do Flatpak e Flathub: Para ter acesso à mais vasta gama de aplicativos, especialmente versões mais recentes que podem não estar nos repositórios do Debian, instalei o Flatpak e configurei o repositório Flathub.
• Remoção de Aplicativos: O KDE vem com uma seleção de aplicativos padrão. Para manter o sistema mais enxuto e alinhado às minhas preferências, desinstalei alguns programas que não uso, como o cliente de e-mail KMail e o leitor de feeds Akregator.
• Também instalei docker e GIT, vscode. Além dos programas de edição de imagens que utilizo. 

Em resumo, a experiência com o Debian 13 "Trixie" no KDE Plasma 6 superou expectativas. Quem busca um sistema atualizado, estável e altamente personalizável encontra nesse combo uma excelente alternativa – desde que tenha disposição para pequenos ajustes pós-instalação.

Veja o screenshoot do sistema (sem muitas modificações visuais)